Observatório do Desenvolvimento

Boletim de Conjuntura Econômica do Acre

Inflação de agosto de 2024: preços caem 21% em Rio Branco

No mês de agosto, tanto o Acre quanto o Brasil registraram deflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. Conforme o Estudo Econômico elaborado pelo Fórum Empresarial do Acre pública, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Acre apresentou uma leve queda de -0,02% e o Brasil registrou uma deflação mais acentuada de -0,21.

Rio Branco, capital do Acre, registrou uma deflação de -0,21% no período avaliado. Essa variação é menos acentuada do que em outras cidades, como São Luís (MA), que apresentou a maior deflação do país, com -0,54%, seguida por Goiânia (GO), com -0,51%, e Belém (PA) com -0,40%. Isso coloca Rio Branco em uma posição intermediária entre as UGs que tiveram deflação.

Confira o estudo completo aqui. 

Dois grupos tiveram participação significativa nessa redução:

  • Habitação – registrou a maior deflação com uma queda de -1,17%, indicando uma redução significativa nos preços de itens relacionados à moradia, o que pode incluir tarifas de energia, aluguel ou materiais de construção
  • Vestuário – apresentou uma deflação acentuada com uma variação de -1,52% sugerindo uma queda nos preços de roupas e acessórios, o que pode estar relacionado a promoções sazonais ou menor demanda por esses produtos.

Em resumo, a variação de preços em Rio Branco durante o mês de agosto foi marcada por uma deflação expressiva em alguns grupos como habitação e vestuário, enquanto grupos como Artigos de residência e Educação apresentaram alta nos preços, sugerindo pressões inflacionárias específicas em determinados setores da economia local.

 

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

  • Alimentação e bebidas: -0,06%
  • Artigos de residência: 1,46%
  • Transportes: 0,02%;
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,52%;
  • Despesas pessoais: 0,51%;
  • Educação: 0,82%;
  • Comunicação: -0,25%.

A deflação em agosto pode ser atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a queda acentuada nos preços das passagens aéreas e de alguns alimentos, como tomate e mamão, que registraram quedas de -13,64% e -8,73%, respectivamente. Esses itens, conhecidos por sua volatilidade, parecem ter sido impactados por fatores sazonais e ações de controle de preços, como as promoções no setor aéreo mencionadas anteriormente. A redução nos preços desses itens ajudou a compensar os aumentos em outras áreas, como os artigos de residência e educação, que apresentaram altas de 1,46% e 0,82%, respectivamente.

Aumento

Ainda segundo o Estudo Econômico, o maior aumento foi observado na banana-prata, que teve um expressivo incremento de 17,74%. Essa elevação pode estar relacionado a fatores como:

  • Problemas de oferta – resultantes de condições climáticas desfavoráveis, como secas ou chuvas excessivas, que afetam a produção;
  • Transporte da fruta – Além disso, a demanda pode ter se mantido elevada, levando a um descompasso entre oferta e procura.

Outros alimentos que também apresentaram aumentos significativos foram: peixe- curimatã (8,63%), abacate (7,64%), limão (6,62%) e açaí (6,35%).

Por outro lado, a passagem aérea liderou as quedas com uma redução significativa de -13,64%. Os pesquisadores destacam que essa redução está vinculada a ações das companhias aéreas para reduzir os preços e estimular a demanda, combinada com promoções e iniciativas do governo.

As empresas Azul, Gol e Latam têm oferecido passagens com descontos como parte de uma estratégia para facilitar o acesso ao transporte aéreo após um período de altas significativas nos últimos anos. Além disso, a redução do querosene de aviação (QAV) e o aumento na oferta de assentos também contribuíram para a diminuição dos preços.

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