VALOR – 30/08/2019
A taxa de desemprego do país foi de 11,8% no trimestre móvel encerrado em julho, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou 0,7 ponto percentual abaixo do verificado no trimestre móvel até abril (12,5%) e 0,5 ponto menor do que no mesmo período do ano passado (12,3%).
A leitura ficou ligeiramente melhor do que a mediana das expectativas de 24 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 11,9% para o período, mesmo percentual apontado por 12 casas, indicando razoável consenso dentro de um intervalo de projeções de 11,7% a 12,1%.
O país tinha 12,569 milhões de desempregados — pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem conseguir. Trata-se de recuo de 4,6% frente ao trimestre móvel até abril (609 mil pessoas a menos) e baixa de 2% no confronto ao mesmo período do ano passado (recuo de 258 mil).
A fila de emprego ficou menor porque mais pessoas conseguiram ocupação. O país tinha 93,584 milhões de ocupados (empregados, empregadores, autônomos) no trimestre até julho, 1,3% a mais frente ao trimestre móvel até abril (+1,219 milhão de pessoas) e 2,4% a mais ante igual período de 2018 (+2,2 milhões).
A queda da taxa de desemprego ocorreu mesmo com o aumento do número de pessoas em busca de trabalho, o que tende a pressionar o mercado de trabalho.
A força de trabalho — pessoas empregadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade — somou 106,153 milhões de pessoas no trimestre até julho, 0,6% a mais do que no trimestre móvel encerrado em abril e 1,9% a menos em relação ao mesmo período de 2018.