Na tarde da última quarta-feira, 07, o Fórum Empresarial promoveu, em conjunto com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Acre), um evento que buscou fomentar discussões sobre ações e avanços para o crescimento de soja e milho no Acre e contou com a presença de diversas Instituições como, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco Sicredi, Emater, GeoLab, Ministério da Agricultura, Federacre, Embrapa, Senar, o estado se fez presente através da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Políticas Indígenas (SEMAPI) e a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (SEPA).
Com a apresentação do Mapa de infraestrutura prioritária para a consolidação do arranjo produtivo de grãos no Acre e do Zoneamento Pedoclimática para o cultivo de milho no Acre, demos início a vários debates que desencadearão ações para 2023. Ainda, foi explanado o uso de tecnologia variável para manter a fertilidade do solo, cenários e perspectivas para o ano de 2023 e derivativos agrícolas e importância do seguro agrícola. Por fim, a Secretaria de Produção e Agronegócio do Estado apresentou as ações em andamento para apoio às cadeias de grãos no Acre.
O pesquisador da EMBRAPA, Eufran Amaral, contou um pouco da grande potencialidade para o avanço e crescimento ainda maior do cultivo de milho e da soja no Acre:
“No Acre tudo que se pensa é possível plantar desde que se plante no lugar certo, então quando a gente trabalha com o zoneamento pedoclimático vemos a aptidão de clima como variação de clima no estado e como se ver a aptidão de solos ligando as duas coisas. Por exemplo, para grãos a gente possui um grande potencial na região sudeste do estado, principalmente no baixo Acre pois além de você ter uma logística adequada e uma rede de ramais, também temos solos mais profundos, que suportam mecanização e manejo intensivo e integrado poupando a terra, dessa forma facilitando o uso. A questão de produção no estado é imperativo, dá para avançar muito mais pois hoje nós não usamos 10% do que nós poderíamos usar com essa produção e sem ter que desmatar, somente com áreas que já estão desmatadas e que tem um potencial alto.
No caso dos produtores rurais existe uma coisa chamada de transferência de tecnologia e da extensão rural, o papel de comunicar o que é produzido da tecnologia para chegar ao produtor e também da assistência técnica principalmente de um órgão como uma secretaria estadual ou municipal de produção para que possam orientar o produtor em especial os pequenos e médios já que os grandes já trabalham com assistência técnica própria e tem avançado bastante, hoje nós temos fazendas aqui no estado com o mesmo grau tecnológico que outras regiões mais desenvolvidas, tendo condições de competir com grandes estados produtivos como Rondônia, Mato Grosso assim aumentando a produtividade ano a ano”.
A presença dos bancos e de produtores rurais permitiram que o evento fosse ainda mais produtivo em soluções e propostas para as iniciativas privadas, com a presença de algumas Instituições que deliberam ações no agronegócio e possibilitando levar ao governo essas metodologias propostas.
“O produtor produz mais com qualidade e sustentabilidade” essa foi parte da fala do Chefe geral da Embrapa Acre, que nos contou qual é a grande potencialidade da produtividade de grãos no estado:
“O potencial para a produção de grãos de forma intensiva aqui no Acre é muito grande e ainda possuímos uma possibilidade de trabalhar inclusive com a pecuária integrada o que nós chamamos de viabilidade de fazermos três safras no ano, fazendo soja depois milho e posteriormente a chamada boi safrinha, ou seja, quando o gado fica ocupando aquela pastagem por 60 a 90 dias, sendo então numa mesma área você aumenta a produtividade e a renda por hectare no ano quando se consegue trabalhar dessa forma. Mas muito se pergunta por que nós temos condições de fazer isso, tendo como resposta o nosso solo e clima, temos chuva em abundância, solo que permite três safras por ano, não temos condições extremas como geadas e outras situações limitantes, e a grande vantagem é que não é qualquer região do Brasil que temos isso, sendo a grande potencialidade do estado do Acre fazendo crescer tanto o agronegócio nessa região.
Quando a gente fala de soja como um investimento em maquinário ainda relativamente grande, vemos uma participação menor de pequenos e médios produtores, porém o governo do estado tem feito algumas ações como por exemplo o programa de mecanização, aquisição de colheitadeiras, tratores, plantadeiras entre outros equipamentos que possam dar esse suporte para aqueles que são pequenos e não teriam capacidade de fazer esse investimento inicial, de maneira geral nós temos tido aproximação muito boa com esses produtores através da realização de dia de campo, visitas técnicas, sempre em parceria com a equipe da FAEAC, EMBRAPA, SEPA e outras instituições”.