CICLO VIVO – 20/09/2019
Às margens do Ribeirão do Onça, no bairro Ribeiro de Abreu, um espaço de aproximadamente 10 mil m² dá lugar à primeira agrofloresta urbana comunitária de Belo Horizonte. Antes com ocupação residencial em Área de Preservação Permanente, o local começa a tomar forma como um espaço protegido e produtivo para os moradores da região.
O projeto intersetorial prevê a implementação de agroflorestas em áreas degradadas e com vulnerabilidade social. Nas agroflorestas são plantadas árvores nativas e culturas agrícolas. Elas vão contribuir com a segurança alimentar das populações locais por meio da produção de alimentos. Programa foi elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania.
“Fizemos o plantio de árvores frutíferas como limão, mexerica, banana, abacate, jabuticabeira, e plantas arbóreas nativas que, dentre outras espécies vegetais, podem ajudar na produção de biomassa”, detalhou o gerente de ações para a sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, Dany Silvio Amaral.
O secretário de Meio Ambiente, Mário Werneck, afirma que outros locais da cidade já são beneficiados pela iniciativa. “Existem mais duas áreas trabalhadas: a ocupação Izidora, em integração com o Programa Territórios Sustentáveis da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, e o parque do Brejinho”.
“Além das espécies já plantadas, ainda serão inseridas no sistema plantas como mandioca, milho e abóbora, além de outras aromáticas, medicinais e adubos verdes, sempre de acordo com o desejo da comunidade, que será a principal responsável pelo cuidado da área”, complementa a engenheira florestal e técnica da gerência de Fomento à Agricultura Familiar e Agricultura Urbana da Subsecretaria de Segurança Alimentar, Edglênia Nascimento
Agroflorestas
O projeto, que promove o envolvimento das comunidades e a produção agroecológica de alimentos, é pioneiro como iniciativa pública e também como proposta de recuperação e conservação de áreas verdes degradadas de forma participativa e produtiva. “Além de promover a arborização na cidade, o plantio de sistemas agroflorestais, com base nos princípios da agroecologia, facilita o acesso e amplia o consumo de alimentos saudáveis pela população, com destaque para as frutas, tão importantes para a saúde e a segurança alimentar e nutricional”, assinalou a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Darklane Rodrigues Dias.
De acordo com a subsecretária, o fato das ações serem desenvolvidas em áreas públicas e junto da comunidade, faz com que o trabalho pela promoção do direito humano à alimentação adequada possa alcançar quem mais precisa, especialmente famílias em situação de vulnerabilidade social. “Essas famílias têm a oportunidade de, além de consumir alimentos saudáveis, também gerar renda com os excedentes da produção”, explicou.