Com exportação de mais de 308 mil toneladas de frango, Acre lucrou mais de R$2,4 milhões em 2023

O Boletim de Conjuntura Econômica publicado nesta quinta-feira, 14, traz um estudo sobre os principais mercados, a dinâmica de preços e exportação de carnes bovina, suína e de frango no Brasil e no Acre. A pesquisa aponta as principais características e aspectos da exportação de proteína animal no país.

Em 2023, o Acre exportou mais de 308 mil toneladas de carne de frango e arrecadou mais de R$ 2,8 milhões. Na Amazônia Legal, o Acre ocupa o terceiro lugar entre os estados que mais exportaram ano passado.

O Boletim Econômico é elaborado por economistas da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape) da Universidade Federal do Acre (Ufac) em parceria com o Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre. Confira o estudo completo aqui.

“O estudo aponta os principais aspectos, características e uma perspectiva muito boa para o ano de 2024 e para os próximos anos. No entanto, o boletim levanta alguns dos principais aspectos que os produtores e exportadores têm que observar na hora de investir no setor de produção”, destaca o professor Carlos Franco, responsável pelo estudo.

Ainda conforme o estudo, desde 2004 que o Brasil lidera o ranking internacional de exportações de frango no mundo. O país exporta para mais de 150 nações. Em 2021, por exemplo, a produção foi de 14,3 milhões de toneladas de carne de frango, sendo que 35% foi exportado e gerou uma renda de mais de US$ 7,6 bilhões para o país.

A pesquisa aponta também que o consumo interno representa 68% da produção total e que a atividade gera mais de 500 mil postos de trabalho na indústria, favorecendo mais de 100 mil famílias na produção rural familiar no Brasil.

As exportações para a China equivalem a 27,6% do total das exportações brasileiras, seguido pelo Japão com 18% e os
Emirados Árabes e Arábia Saudita com 15,1% e 14,2%, respectivamente.

Exportação em 2023

Ano passado, o total das exportações brasileiras de frango somaram 5,1 milhões de toneladas, gerando uma receita de US$ 9,6 bilhões. A Amazônia Legal exportou 114,9 mil toneladas, nesse ano, gerando uma receita de US$ 228,5 milhões para a região. O estado do Mato Grosso é líder absoluto, com 98% do total das exportações, com uma receita cambial de US$ 225,12 milhões. O Acre representa 0,48% do total com 308,8 mil toneladas e uma geração de renda de US$ 484,9 mil.

Carne bovina

O Brasil é responsável por quase 20% das exportações mundiais de carne bovina. Com mais de 234 milhões de cabeças de gado, o país ocupa, junto com a Austrália, a liderança no ranking mundial dessa atividade. O destino da carne bovina brasileira é principalmente a China que ocupa a liderança das importações do produto brasileiro, com 56,6% de participação. Chile e Japão ocupam a segunda posição com 9,8%

Em 2023, preço internacional da arroba de carne de boi foi cotado, em média, a US$ 66,29, entre os maiores exportadores de carne do mundo. No início deste ano, o preço observado foi de US$ 61,84, indicando uma queda de -6,72%. As maiores diminuições do preço ocorreram nos maiores exportadores, Austrália 18,57% e Brasil com 13,39%. USA e Irlanda praticaram maiores preços, com aumento de 7,77% e 5,36% respectivamente.

A Amazônia legal é responsável por quase 40% do rebanho brasileiro. O preço da arroba de boi acompanha as tendências do preço da carne a nível nacional, com influência dos custos de transporte para as regiões mais afastadas dos grandes centros.

Quando comparados os preços dolarizados da arroba de boi praticados na Amazônia Legal e no restante do país, é observada uma pequena diferença de preços entre os meses de janeiro de 2021 e janeiro de 2024, indicando um distanciamento cada vez maior até o mês de janeiro de 2024, quando a diferença alcança 25,9%, em prejuízo da produção amazônica.

Carne suína

Em 2023, o Brasil bateu recordes de exportações de carne suína com 749,2 mil toneladas, aumentando em 38%, em relação a 2022. Os dez maiores países de destino somaram ao redor de US$ 1,4 bilhões. As exportações para a China representaram 45,5% e Hong Kong 16,6%, seguido de Chile e Rússia com 7,1% e 6,9%, respectivamente. Entre janeiro a novembro do ano passado, o Acre exportou 1,8 mil toneladas de carne suína, equivalentes a US$ 4,74 milhões ou 0,33% do total exportado no ano de 2023 aos 10 maiores importadores de carne suína do Brasil.

Em 2022, o estudo aponta que a Amazônia Legal alcançou um rebanho suíno de 739.188 cabeças. O estado de Mato Grosso manteve a liderança com 36,6% do total, seguido do Maranhão com 24,7% e pelo Pará com 17,7%. O Acre participa com 2,7% do total do rebanho amazônico. Entre os anos de 2018 e 2022, o Acre vem mantendo um rebanho entre 17 mil a 20 mil cabeças.

 

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