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Economia brasileira cresce 0,4% no 2º tri puxada por indústria e serviços

EXAME – 29/08/2019

A Agropecuária teve queda de 0,4% no trimestre enquanto os Serviços subiram 0,3%. A surpresa foi a Indústria, que registrou a maior alta entre os segmentos, de 0,7%.

O resultado chama a atenção porque dados anteriores do próprio IBGE indicavam que o setor havia encerrado o segundo trimestre com contração, e não alta, da ordem de 0,7%.

O avanço da Indústria vem apesar de quedas nas indústrias extrativas (-3,8%), ainda afetada pelo desastre de Brumadinho. A queda na base anual foi a pior da série história.

Também houve recuo nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,7%), mas o resultado foi compensado por uma alta de 2% na Indústria de Transformação

A construção cresceu 2% em comparação com o mesmo período de 2018, o primeiro resultado positivo na base anualizada após 20 quedas consecutivas.

O IBGE destaca que, juntas, as indústrias de transformação e construção respondem por cerca de 70% do setor.

Nos serviços, os principais resultados positivos foram das atividades imobiliárias (0,7%), comércio (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e outras atividades (0,4%).

Também foi registrada alta nas despesas de consumo das famílias (0,3%), que subiu pelo nono trimestre seguido em relação ao trimestre anterior com melhora no crédito e na massa familiar. Já as despesas de consumo do governo recuaram 1,0%.

O investimento também teve um resultado bastante positivo, com avanço de 3,2%. A taxa de investimento ficou em 15,9% do PIB, acima da observada no mesmo período de 2018 (15,3%).

As exportações caíram 1,6% enquanto as importações cresceram 1% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Os dados do PIB divulgados hoje afastam a possibilidade do Brasil ter entrado em uma recessão técnica, que se configura quando o PIB recua por dois trimestres seguidos.

O PIB já teve queda de 0,1% no primeiro trimestre, de acordo com dados atualizados hoje pelo IBGE, na primeira retração desde o fim da recessão de 2015 e 2016.

Antes, o IBGE havia informado recuo de 0,2% no período. A revisão é praxe, na medida em que os dados se consolidam ao longo do tempo.

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