Os especialistas em economia, contratados pelo Fórum Empresarial do Acre, avaliaram a produção florestal não madeireira na Amazônia Brasileira no último capítulo da 3ª edição do Boletim de Conjuntura Econômica publicado nesta terça-feira, 26. O estudo aborda as caraterísticas do setor, o volume de produção e os aspectos relacionados aos preços.
O Boletim Econômico é elaborado por meio de uma parceria entre o Fórum Empresarial do Acre e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape) da Universidade Federal do Acre (Ufac). Nesta terça, o estudo chega ao último capítulo da 3ª edição, que já abordou temas como: inflação do mês de julho, informações socioeconômicas da economia local no contexto internacional e nacional e avaliação com os empresários sobre o 1º trimestre de 2023 e as expectativas para os próximos meses.
A produção florestal não madeireira é aquela que, além da alimentação, forma uma importante área da economia em locais nos quais exista vegetação natural, como é o caso da região amazônica. O conceito foi definido em 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU), como sendo todos os bens de origem biológica.
No Brasil, a atividade extrativista de produção não madeireira para o uso sustentável de florestas com a utilização dos Planos de Manejo Florestal Sustentável não Madeireira é regulamentada pela Lei nº 11.284. Em 2021, a renda da produção ultrapassou R$ 2 bilhões no país.
Conforme o estudo, o Estado do Pará lidera a produção de extração florestal não madeireira na Amazônia. Em 2021, o estado alcançou o volume acima de 320 mil toneladas no ano. O Acre, na época, teve uma produção de 90 mil toneladas e uma participação de 6,29%.
“A extração florestal não madeireira precisa de maiores estímulos, os quais podem ser associados aos projetos do mercado de crédito de carbono para incrementar a produção e a renda das atividades não madeireira na Amazônia. É possível alavancar a produção de produtos não madeireira na Amazônia, particularmente no Estado do Acre, que tem uma participação de apenas 6% desse mercado e apresenta uma produção inconstante, o que evidencia um potencial para o crescimento e a necessidade de políticas públicas capazes de manter a regularidade na oferta, gerando, assim, confiabilidade para o setor industrial e realizar planejamento de médio e longo prazos”, destacam os especialistas no estudo.