Fórum Empresarial do Acre se reúne com equipe da Conab para tratar da valorização do preço dos grãos do estado

O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre se reuniu com uma equipe da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para falar sobre Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), ferramenta que diminui oscilações na renda dos produtores rurais e assegura uma remuneração mínima. O encontro ocorreu na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac) com o presidente Assuero Veronez, a coordenadora Tíssia Veloso e o coordenador da Câmara Técnica de Agronegócio e pesquisador da Embrapa, Judson Valentim.

A superintendente regional da Conab, Alessandra Nascimento, apresentou o superintendente de logística operacional da companhia, Thomé Luiz Guth, responsável pela apresentação.

A Conab faz uma pesquisa de avaliação de custo de produção nos diferentes polos agrícolas do Brasil. O Acre, até o momento, não estava incluído porque a produção de soja e milho ainda era pequena. Conforme dados da companhia, a produção de soja no estado acreano deve chegar a 60 mil toneladas na safra 2023/2024. O total representa um aumento de 32% em relação à safra 2022/2023.

Com esse aumento, em parceria com o Fórum, a Conab vai começar a fazer, periodicamente, avaliação do custo de produção para estabelecer os preços mínimos adequado à realidade do Acre. A expectativa é colocar o Acre no mapa da agricultura do Brasil.

O presidente da Faeac, Assuero Veronez, destacou que a mudança no preço de comercialização do milho o Acre está pendente há alguns anos e isso dificulta na venda. A base de cálculo do preço mínimo do grão do Acre é de R$ 39, a mesma utilizada nos estados do Mato Grosso e Rondônia.

Equipe da Conab se reuniu com representantes do Fórum

“Isso não faz sentido. O custo de produção nosso é mais alto, portanto, o preço do mínimo do milho deveria também ser maior. Essa é uma situação que precisamos tratar no âmbito do governo federal com o ministro da Agricultura e com a Conab. Que haja essa distinção, que o custo de produção do Mato Grosso seja diferente do custo do Acre”.

Para presidente, a valorização do preço do milho do estado acreano com compra governamental feita pela Conab tratará diversas soluções para o problema.

O coordenador da Câmara Técnica de Agronegócio, Judson Valentim, explicou que os estudos da companhia vão subsidiar a valorização do preço mínimo do milho. Sem um custo de produção estabelecido, sendo o utilizado a base de cálculo unificada, o Acre acaba ficando sem computar os gastos com transporte.

“Você compra um milho mais barato do Mato Grosso, mas muita das vezes sai mais caro transportar esse milho até aqui. Então, na realidade, se a gente tiver um custo de produção e preço regionalizado vamos conseguir com que o produtor do Acre seja competitivo nos leilões da Conab. A gente vai poder, então, fazer com que o milho produzido aqui para atender a demanda daqui, seja adquirido pelos produtores do Acre”.

 

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