Os membros do Grupo de Trabalho de Pecuária de Leite participaram de uma palestra, nesta segunda-feira, 29, com representantes do Instituto de Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) sobre o selo D’Colônia. O objetivo é fazer uma flexibilização dos produtores de lácteos, de leite e queijo, para saírem da informalidade e regularizarem as produções.
Conforme levantamento do grupo de trabalho, mais de 70% dos produtores do Acre trabalham dentro da informalidade, ou seja, os produtos passam pelas devidas inspeções. “A informalidade é complicada. Você fica à margem da lei. Então, esse produto pode muito bem ser apreendido em uma barreira da vigilância sanitária, de órgãos de defesa, porque esses produtos são ilegais”, destacou o coordenador do grupo de trabalho, Eduardo Mitke.
Participaram da reunião representantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Embrapa, do Idaf, da Prefeitura de Rio Branco, da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) e do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre.
Eduardo Mitke explicou como o produtor atua dentro da informalidade. “Aquele produto não passa pela indústria, não tem o serviço de inspeção. E qual o problema disso? A questão de sanidade, a questão de saúde pública, contaminante, então, o ideal é que todo o produto de origem animal passe por algum serviço de inspeção, seja federal, estadual ou municipal. Estima-se que 70% do leite do estado do Acre é informal, não passa pelo serviço de inspeção”.
O selo D’Colônia, criado pelo, foi normatizado em agosto de 2023 com o objetivo de valorizar os produtos artesanais e seus produtores. A iniciativa também propõe uma desburocratização, tanto da inspeção de normas sanitárias, de esfera estadual, quanto dos procedimentos de registros, justamente por envolver agricultores de geração de itens produzidos em pequenas escala.
Após a reunião, os membros decidiram que os órgãos extensionistas devem ir às propriedades já visitadas e acompanhadas avaliar a possibilidade de, pelo menos, uma propriedade consiga aderir ao selo D’Colônia.
“Então, a ideia é que a gente mostre que é possível a implantação de uma unidade, de uma propriedade consiga construir e seja adaptada ao selo D’ Colônia. O encaminhamento é a gente tentar, de alguma forma, sensibilizar os produtores e conseguir, ao menos, uma propriedade dentro do selo. Vamos agora a campo, as instruções parceiras, e ver quais são os produtores que têm um perfil para que consiga se encaixar mais rapidamente dentro do selo de inspeção”.