Já está disponível o Estudo Econômico com dados da inflação de junho, elaborado pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre em parceria com economista da Universidade Federal do Acre (Ufac). A pesquisa chega com duas notícias: uma boa e outra ruim.
A boa é que no acumulado de janeiro e junho, Rio Branco apresenta a menor taxa inflacionária entre as capitais e regiões metropolitanas no Brasil com um Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado de 1,75%. Por sua vez, o IPCA nacional acumulado é de 2,48%.
Os grupos de alimentos/bebidas e transportes são os grandes responsáveis por essa conquista. Por exemplo, o preço da banana-prata, banana-da-terra e da alface reduziram em -13,65%, -10,69% e -5,9%, respectivamente.
A redução nos preços da banana-prata no Brasil pode ser atribuída a vários fatores. Primeiramente, houve um aumento significativo na oferta devido a uma colheita bem-sucedida nas principais regiões produtoras. Além disso, as condições climáticas favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, contribuíram para uma produção maior e de melhor qualidade, o que aliviou a pressão sobre os preços.
Cita-se ainda a introdução de novas safras no mercado durante esse período, que aumentou a disponibilidade da banana, especialmente em áreas como o Vale do Ribeira, em São Paulo, uma das principais regiões produtoras do país.
Portanto, a combinação desses elementos resultou em uma queda nos preços da banana-prata, oferecendo aos consumidores brasileiros uma fruta mais acessível no mês em foco.
Notícia ruim
A notícia ruim é que, em relação ao IPCA, a capital do Acre apresentou o terceiro maior entre as capitais e regiões metropolitanas pesquisadas em junho, com 0,34%, sendo superada por Belo Horizonte, 0,46%, e Goiânia, 0,50%. Ainda segundo a pesquisa, a inflação de Rio Branco teve um aumento de 0,15 ponto percentual em relação a maio. Esta foi a segunda maior inflação em Rio Branco, ficando atrás apenas do IPCA de janeiro que foi de 0,63%.
Os grandes responsáveis por esse aumento foram os grupos de: habitação, que respondeu por 57,67% da inflação local, seguido pelos grupos de despesas pessoais e alimentação e bebidas, que representaram, respectivamente, 19,34% e 15,01%. Esses três grupos representam 92,02% da inflação local.
São apresentados ainda dez produtos/serviços que apresentaram as maiores variações de preços. O destaque negativo vai para a batata-inglesa, couve e cheiro verde. Especificamente, em relação ao preço da batata-inglesa, o aumento registrado em junho pode ser atribuído a várias causas interligadas. Uma das principais razões foi o impacto do clima adverso, que prejudicou a qualidade das colheitas, levando a uma menor oferta e, consequentemente, a preços mais altos.
Além disso, houve aumento nos custos de insumos agrícolas e problemas relacionados à logística e transporte, exacerbados por pressões inflacionárias e a valorização do dólar em relação ao real, o que afetou os preços de importação de insumos necessários para a produção.
“Os dados de junho mostram que a inflação geral (IPCA) é alta, mas quando itens voláteis são removidos, a inflação subjacente é significativamente menor. Isso sugere que políticas de controle de preços de itens voláteis podem ser eficazes para conter a inflação geral. No entanto, a consistência dos diferentes núcleos de inflação indica que há uma pressão inflacionária subjacente que também precisa ser monitorada e gerida”, destaca o estudo.