Membros das câmaras técnicas de Agronegócio e de Comércio Exterior celebram autorização para exportar carne ao Canadá

Carne bovina do Acre dever ser exportada para o Canadá

Membros das Câmaras Técnicas de Agronegócio e de Comércio Exterior do Fórum Empresarial do Acre, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez, o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre (Seict), Assurbanípal Mesquita, e o pesquisador da Embrapa, Judson Valentim, fizeram uma análise da importância de o Acre ter sido habilitado a exportar carne para o Canadá.

O Brasil, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), recebeu a autorização para exportar carne bovina para o Canadá na última segunda-feira, 5. A habilitação foi dada após uma análise criteriosa da Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA).

Além do Acre, foram autorizados também os estados de Rondônia, Paraná e Rio Grande do Sul, e 14 municípios do Amazonas e 5 do Mato Grosso.

“Depois que o Acre virou zona livre de aftosa sem vacinação, abriu-se a possibilidade de alcançarmos novos mercados para a carne acreana. A inserção do Canadá nesse processo, certamente, é em decorrência dessa qualidade da carne que temos hoje”, destacou o presidente da Faeac e pecuarista, Assuero Veronez.

Conforme dados do Governo do Acre, atualmente o estado exporta carne para o Peru, a República Dominicana, Arábia Saudita, Uruguai, Paraguai e Hong-Kong. De 18 plantas frigoríficas, três são habilitadas a exportar.

Em maio de 2021, o Acre foi recebeu o certificado Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de aftosa sem vacinação.

O coordenador da Câmara Técnica de Comércio Exterior e secretário da Seict, Assurbanípal Mesquita, explicou que a região foi habilitada, contudo, as empresas interessadas em exportar seus produtos precisam fazer o credenciamento.

“A gente fica feliz com isso, ver que o trabalho de promoção que o Governo, instituições e todos têm feito tem atraído os olhares do mundo para o estado, principalmente nessa área de alimentos e valorizando um produto agregado”.

O secretário destacou o trabalho desenvolvimento pela Câmara Técnica de Comércio Exterior em buscar novas rotas de exportação para o Acre. “Com representante da câmara técnica, nosso trabalho agora é estimular as indústrias a buscar a exportar, buscar novos mercados. Temos hoje um rebanho de, aproximadamente, 5 milhões de cabeça, que é razoável e está nesse contexto de reconhecimento internacional. É uma grande oportunidade”.

Impulso

Coordenador da Câmara Técnica de Agronegócio, o pesquisador da Embrapa, Judson Valentim, ressaltou que a habilitação vai trazer para o Acre mais competitividade no mercado nacional e global.

O pesquisador contou também que o estado acreano está em negociações para exportar carne também para a China. No mês de janeiro, frigoríficos do estado foram inspecionados por equipes chinesas.

“Vai servir de impulso pra pecuária bovina no Acre e para os produtores porque com diversificação de mercado, certamente, o preço da arroba deve reduzir essa diferença. Geralmente, o preço da arroba é 15% a 20% inferior aos outros estados porque estamos no fim da linha e isso tem um custo de transporte maior”.

Habilitação

O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre Aves (Sindcarnes), Murilo Leite, explicou que o Acre precisa pedir habilitação ao Mapa para exportar para o Canadá. Conforme o sindicalista, o documento vigente no Ministério da Agricultura e Pecuária consta apenas o Estado de Santa Catarina como área livre de aftosa.

O Mapa precisa alterar o documento e incluir o Acre, além dos demais estados autorizados a exportar para o Canadá, para liberar a habilitação. Segundo o presidente, os empresários aguardam a manifestação das autoridades, inclusive do país canadense, para saber como será feito esse reconhecimento de zona livre de aftosa dos estados incluídos na lista de habilitação.

“Ainda não sabemos de que forma poderemos comercializar, se será automático, via Mapa, se temos que entrar com pedido e habilitação”.

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