Mercado reduz expectativa de inflação e projeta juros de 4,5% ao ano no fim de 2019

G1 – 21/10/2019

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para este ano e, também, a previsão para os juros básicos da economia no fim de 2019 – que passou de 4,75% para 4,5% ao ano.

As projeções constam no boletim de mercado conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa de inflação para este ano de 3,28% para 3,26%. Foi a décima primeira queda consecutiva nesse indicador.

Com isso, a expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2020, o mercado financeiro baixou a estimativa de inflação de 3,73% para 3,66%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.

Taxa básica de juros

O analistas de mercado também baixaram de 4,75% para 4,5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019.

Em meados de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos da economia de 6% para 5,5% ao ano – novo piso histórico.

Na semana seguinte, por meio da ata da reunião, o BC projetou inflação abaixo da meta para 2019 e 2020 e indicou novo corte nos juros básicos da economia.

Para o fim de 2020, o mercado financeiro manteve a sua previsão para a taxa Selic em 4,75% ao ano. Com isso, os analistas esperam uma pequena alta dos juros no ano que vem.

PIB

Para este ano, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 0,87% para 0,88%. Para 2020, a previsão de crescimento do PIB continuou em 2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Para 2019, a previsão do Banco Central é de uma alta de 0,9%, e a do Ministério da Economia é de um crescimento de 0,85%.

Outras estimativas

  • Dólar – A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em R$ 4 por dólar. Para o fechamento de 2020, avançou de R$ 3,95 para R$ 4 por dólar.
  • Balança comercial – Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 recuou de US$ 50,43 bilhões para US$ 48,85 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de US$ 47 bilhões para US$ 45 bilhões.
  • Investimento estrangeiro – A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, recuou de US$ 81,85 bilhões para US$ 80 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas passou de US$ 83,20 bilhões para US$ 80 bilhões.

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