Preço do metro quadrado no Acre continua o 3º mais caro do Brasil, aponta IBGE

Acre tem o 3º maior preço do metro quadrado do país
Acre tem o 3º maior preço do metro quadrado do país

O Acre se mantém em terceiro lugar no ranking de estados com maior preço do metro quadrado do país. Dados do Índice Nacional da Construção Civil,  divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, 9, mostram que o preço do metro quadrado ficou em R$ 1.875,68 no Acre. 

O estado acreano fica atrás apenas de Santa Catarina, com custo médio de R$ 1.987,02, e do Rio de Janeiro, com R$ 1.894,47. Em relação à Região Norte, o Acre lidera o ranking com a média de R$ 1.772.31 na região. Os demais estados que aparecem no topo são Roraima (R$ 1.872,78) e Rondônia (R$ 1.823,29).

Abaixo, a composição do custo do metro quadrado:

  • Preço do componente material – atualmente é de R$ 1.195,60 no Acre
  • Preço da mão de obra – que sai por R$ 680,08

O preço médio da mão de obra na região Norte é de R$ 673,19.

Com uma expertise no ramo da construção civil, o presidente do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre e da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, fez uma avaliação dos dados e listou os fatores que colocam o estado no ranking. O empresário destaca que os dados levam a população a acreditar que qualquer tipo de construção civil terá o preço divulgado, quando, na verdade, eles representam uma média dos padrões da construção, que são: baixo, médio e alto.

Ele explica que a posição geográfica e a falta de produção de alguns insumos no estado são alguns dos fatores que mantém o Acre entre os estados com um dos preço da construção civil mais caro do país.

“Essa média, que nos coloca com o terceiro maior preço do país, acaba virando uma informação confusa. Na realidade, se você for olhar uma construção de alto padrão aqui em nosso estado e no Rio de Janeiro, vai depender da localização. O padrão disso é em função de alguns valores serem variados dentro dessa equação. Temos uma justificativa muito clara de que todos os insumos, cerca de 98% dos insumos que se transformam em serviço na construção civil, são importados. Com exceção do percentual da mão de obra, que a nossa não é a mais cara, mas, infelizmente, é a menos produtiva. Então, a mão de obra sai mais cara no Rio de Janeiro, mas o profissional produz mais, por exemplo”.

Sobre os insumos, o empresário ressalta que o preço vai variar bastante dependendo do padrão da construção. Se for uma construção rústica, a exemplo dos galpões levam mais ferro, aço, cimento, areia, em sua construção, o custo será menor que em outros estados. “Quando você avalia uma construção de alto padrão, que quase tudo se precisa importar, são considerados a distância que se percorre para trazer para cá, o pagamento da diferença de ICMS, contratações de profissionais para instalação de alguns equipamento, porque, às vezes, nem técnico tem aqui. Temos essa questão da posição geográfica”.

 

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