Os produtores de soja brasileiros iniciam o ano de 2024 com um misto de expectativas quando observam as principais características do mercado, principalmente o internacional. Quando olham para os últimos anos e verificam os avanços do setor, o cenário é de grande euforia . Porém, quando olham para a frente e verificam as projeções, o cenário é de extrema cautela.
A previsão feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a produção brasileira de grãos deve chegar a 294,1 milhões de toneladas em 2024, contando com uma redução de 8% em relação à temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos serão colhidas em 2024.
Para entender mais sobre a produção da soja, os pesquisadores da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape) elaboraram um estudo sobre os desafios e oportunidades para a produção da soja no Brasil e no Acre.
O estudo completo pode ser conferido aqui.
O principal fator que deve reduzir a produção de grãos em 2024 é o clima. São esperadas condições climáticas instáveis chuvas escassas e mal distribuídas, aliadas a altas temperaturas na região central do país, além de precipitações volumosas na região Sul, o que já vem acontecendo no início do mês de maio.
Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março de 2024 o Brasil apresentou uma produtividade média de 3.437 kg por hectares, sendo que o Acre apresentou uma produtividade média de 3.808 kg por hectare.
Portanto, o Acre apresenta em 2024 uma produtividade 10,79% maior que o Brasil, sendo que no período de 2016 a 2024 a produtividade média da produção de soja no Acre evoluiu 153,87%, o que representa um aspecto competitivo muito importante para a cultura da soja no estado acreano, uma vez que o fator competitividade é o maior gargalo da produção de soja no Brasil na atualidade.