Por ECONOMIA ONLINE – 20/04/2018
A EIU prevê que o protecionismo vá aumentar, apesar de se evitar uma guerra comercial em grande escala, o que significa que o ritmo de crescimento do comércio vai abrandar entre 2019-2022.
A EIU prevê que o protecionismo vá aumentar, apesar de se evitar uma guerra comercial em grande escala, o que significa que o ritmo de crescimento do comércio vai abrandar entre 2019-2022.
Os analistas da Economist Intelligence Unit (EIU) consideram que a atual disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, a China e os Estados Unidos, vai ensombrar o comércio mundial em 2018, segundo um relatório divulgado esta sexta-feira.
A EIU, a divisão de análise e investigação do The Economist Group, prevê que o protecionismo vá aumentar, apesar de se evitar uma guerra comercial em grande escala, o que significa que o ritmo de crescimento do comércio vai abrandar entre 2019-2022, para uma média de 3,5% ao ano.
A disputa entre Estados Unidos e China começou no princípio de março, quando a administração de Donald Trump decidiu propor um aumento de taxas alfandegárias sobre as importações chinesas, decisão à qual a China respondeu com uma subida equivalente de tarifas sobre os produtos norte-americanos.
A EIU estima que qualquer acordo que venha a resultar das negociações entre os dois países só será parcialmente satisfatório. “Até agora não parece que quaisquer concessões que a China esteja disposta a fazer sejam suficientes para apaziguar os falcões da administração Trump”, refere o EIU, considerando que alguns dos aumentos propostos devem mesmo avançar.
Embora seja cedo para dizer quais os setores mais afetados, cada país deve escolher aumentar as taxas sobre os bens com mais impacto sobre o seu adversário: no caso dos Estados Unidos, tarifas sobre bens tecnológicos, no caso da China sobre produtos agrícolas como a soja. Mas ambos os lados vão evitar uma guerra total que teria custos econômicos e políticos significativos.