A inflação de abril no município de Rio Branco foi de 0,15%, indicando uma redução de 0,03 ponto percentual em relação ao mês de março, quando a inflação atingiu o valor de 0,18%. Dentre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas, Rio Branco apresentou a segunda menor taxa de inflação, ficando atrás somente de Fortaleza (CE).
Os dados são do Boletim de Conjuntura Econômica publicado pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, em parceria com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape). O estudo pode ser conferido aqui.
Rio Branco apresentou um dos menores índices de inflação acumulada nas regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período de janeiro a abril deste ano, a inflação em Rio Branco foi de 1,22%. Apenas Brasília e Porto Alegre apresentaram IPCA inferior ao da capital acreana. Destaca-se que Porto Alegre nos próximos meses deve apresentar aumento inflacionário em função do acidente ambiental ocorrido.
Em relação à variação de preços em abril, apenas o grupo de transporte apresentou deflação, contrastando com março, pois, dos nove grupos inflacionários, cinco apresentaram deflação:
- Alimentação e bebidas;
- Artigos de residência;
- Saúde e cuidados pessoais;
- Comunicação;
- Despesas pessoais.
Os grupos de saúde e cuidados pessoais, artigos de residência e despesas pessoais possuem os seguintes pesos inflacionários (12,57%, 4,64% e 8,02%, respectivamente). Ou seja, possuem baixo impacto na inflação local. Muito embora cuidados pessoais tenham apresentado a maior variação percentual em abril, representou apenas 12,69% da inflação do período avaliado. O grupo de alimentação e bebidas, por sua vez, representou 23,60% do IPCA local. é a variação mensal dos grupos inflacionários, e outra é a representatividade desse impacto no IPCA.
Entre os bens e serviços que apresentaram as maiores destacam-se:
- Alho;
- Cebola
Especificamente no caso do alho, o preço em Rio Branco saltou de R$ 25 o quilo para mais de R$ 30. A expressiva demanda das indústrias e das famílias, em conjunto com o período de entressafra, explicam o extremo aumento do valor produto. O levantamento disponibilizado pelo IEA (2024) indica que o preço da cebola nacional apresentou aumento de 110,73% em doze meses.
O estudo destaca que o subitem passagens aéreas foi quem mais contribui para o arrefecimento do IPCA em abril em Rio Branco, pois apresentou uma redução de 9,53% em relação a março. No acumulado de 2024, esse item apresentou redução de 36,56%, uma ótima notícia para o acreano.