O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre publica nesta quarta-feira, 14, o Estudo Econômico com dados da inflação do mês de julho em Rio Branco. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisadas pelo professor e economista da Universidade Federal do Acre (Ufac) Rubicleis Gomes.
Além da inflação, o Estudo Econômico também disponibiliza dados referentes ao mercado de trabalho, comércio internacional, indicadores ambientais e sociais e o preço médio dos principais cortes de carne em Rio Branco no mês de agosto. Confira o estudo completo aqui.
Conforme o estudo, a inflação de julho teve aumento de 0,53% com variações distintas entre os grupos analisados. Entre os setores que mais contribuíram para essa alta tem-se o grupo de transportes, com um aumento de 1,40%, principalmente devido ao aumento dos preços das passagens aéreas, que chegou a 18,88%, e dos combustíveis. Esse aumento foi impulsionado por uma combinação de alta demanda sazonal, típica do período de férias, e pelos custos mais elevados do combustível de aviação, que impactaram diretamente os preços ao consumidor.
“A Petrobras, principal fornecedora de combustível no país, anunciou um aumento nos preços do combustível de aviação, refletindo diretamente nos custos operacionais das companhias aéreas, que repassaram esses custos aos consumidores”, destaca o estudo.
O resultado geral de julho também representa uma aceleração contra o mês anterior, já que o IPCA de junho fechou em 0,34%. Com isso, a capital acreana tem uma inflação acumulada de 2,28% em 12 meses, sendo a segunda menor entre as capitais e regiões metropolitanas.
O estudo destaca também que, dentre os nove principais grupos do IPCA, seis grupos tiveram altas em julho. Artigos de residência também apresentaram uma variação significativa com um aumento de 1,31%, refletindo possíveis reajustes nos preços de móveis, eletrodomésticos e outros itens dessa categoria.
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
- Alimentação e bebidas: -030%
- Habitação: 0,71%
- Artigos de residência: 1,31%
- Vestuário: -0,21%
- Transportes: 1,40%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
- Despesas pessoais: 0,35%
- Educação: 0,22%
- Comunicação: 0,00
Redução
Ainda conforme o estudo, a variação dos grupos inflacionários em Rio Branco apresentou uma dinâmica mista, refletindo diferentes pressões de custo em setores específicos. O grupo de alimentação e bebidas teve uma queda de -0,30%, indicando um alívio nos preços desse grupo possivelmente relacionado à maior oferta de produtos sazonais e à redução nos preços de itens como tomate e cebola, conforme observado em outros locais do país.
No tocante aos produtos que apresentaram as menores variações de preços, destaca-se que os consumidores brasileiros começaram a sentir um certo alívio nos preços do tomate e da cebola, que haviam disparado nos meses anteriores. Essa redução foi bem-vinda, especialmente após um período difícil marcado por condições climáticas desafiadoras.
O preço do tomate baixou 20,54% e da cebola 10,39%. “No caso do tomate, a queda nos preços foi resultado de uma melhora nas colheitas, particularmente nas regiões produtoras do Sul do Brasil. A cebola por sua vez também viu seus preços diminuírem graças à chegada de novas colheitas. O calor intenso do início do ano fez com que as cebolas amadurecessem mais rápido do que o esperado, resultando em uma colheita antecipada”, diz a pesquisa.
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