Por StartSe – 30/11/2018
Em testes realizados esse ano, a Verily, braço do Google focado em ciência e saúde, conseguiu diminuir em 95% a presença de Aedes aegypti, mosquitos capazes de picar e transmitir doenças como dengue, zika e chicungunha. O projeto por trás desse sucesso se chama Debug e ele tem o objetivo de acabar com os mosquitos Aedes aegypti e, consequentemente, com a transmissão das doenças que carrega.
Para isso, os pesquisadores do projeto desenvolveram o que eles chamam de mosquitos “do bem”: machos que carregam a bactéria Wolbachia, fato que os torna incapacitados de darem cria com mosquitos fêmeas selvagens. Eles não conseguem morder ou espalhar doenças, o que os impede de se reproduzir, diminuindo a população de mosquitos ruins.
Entenda como funciona:
Resultados (muito) positivos
No teste realizado em 2018 na cidade de Fresno, nos EUA, veio uma esperança: os resultados foram de 95% de diminuição dos mosquitos selvagens, segundo o comunicado da empresa.
Mas como exatamente esse teste foi realizado?
Em três bairros suburbanos de Fresno, os pesquisadores liberaram os mosquitos estéreis no início da temporada, ou seja, antes dos mosquitos selvagens terem a oportunidade de se reproduzir em grande volume. Foram comparados o número de fêmeas do Aedes aegypti em áreas de liberação e de não liberação na alta temporada.
O resultado foi melhor impossível: uma queda de 95% de Aedes aegypti fêmeas capazes de picar em comparação às vizinhanças similares e sem a liberação dos mosquitos modificados.
Acima, o gráfico compara a presença do mosquito fêmea capaz de picar nos três bairros onde os mosquitos estéreis foram liberados (de cor azul) e nos bairros similares que não sofreram alterações.
As notícias sem dúvida são ótimas, mas seriam melhor ainda se a solução fosse trazida aqui para o Brasil antes do próximo verão.