Fórum Empresarial do Acre inicia tratativas com órgãos para composição do Grupo de Trabalho de Tributação da Pecuária de Corte

Grupo de trabalho irá monitorar, debater e propor ações de fortalecimento à cadeia produtiva de pecuária de corte

O Fórum Empresarial do Acre iniciou as tratativas com órgãos e instituições para composição do Grupo de Trabalho de Tributação da Pecuária de Corte que irá monitorar, debater e propor ações de fortalecimento à cadeia produtiva de pecuária de corte. O grupo será vinculado à Câmara Técnica de Agronegócio do Fórum e os trabalhos coordenados por Judson Valentim, pesquisador e doutor da Embrapa.

A primeira reunião está agendada para o dia 20 de maio, às 15h, na Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac).

A criação do grupo foi deliberada durante reunião na Federação das Indústrias do Estado Acre (Fieac) no dia 14 de abril. O Fórum reuniu deputados, secretários de Estado, pecuaristas e empresários para iniciar diálogo sobre o fluxo de produção, abate e saída de animais vivos e estoque de rebanho bovino no estado acreano.

Um dos pontos debatidos consistiu em como manter o equilíbrio entre a oferta da matéria prima que abastece a indústria local e a comercialização excedente fora do Acre. Essa discussão é importante em um momento em que as indústrias frigoríficas com inspeção federal estão investindo na ampliação da capacidade instalada para abate, inclusive com perspectivas para ampliar as exportações do estado.

Fórum Empresarial do Acre reuniu autoridades no último dia 14 para debater a ‘pauta do bezerro’

Isso vem ocorrendo porque o rebanho bovino do Acre teve um crescimento de 69% entre 2013 e 2024, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), tendo alcançado 5,2 milhões de cabeças em dezembro do ano passado.

Outro ponto importante debatido foi o aumento na saída de animais vivos do Acre em mais de 100% no primeiro trimestre deste ano em relação ao passado. Uma das preocupações é que a capacidade ociosa nos frigoríficos em 2024 foi de 33% no Acre.

No caso dos frigoríficos com inspeção federal, a capacidade ociosa em 2024 foi de 10%, 61% nos frigoríficos com inspeção estadual e de 25% nos frigoríficos com inspeção municipal.

Para 2025, a previsão é de ampliação do abate de 1.924 cabeças por dia para 3.515 cabeças por média.

Preocupação do setor produtivo

Com o grande volume de exportação, o setor produtivo também está preocupado com a ausência de matéria-prima, uma vez que os dados preveem que, em poucos anos, podemos enfrentar escassez de bezerros. A saída excessiva de gado do estado afeta negativamente o preço da carne, a produção nos frigoríficos e, consequentemente, os empregos.

Por outro lado, cerca de 95% dos produtores que desenvolve a atividade de pecuária de corte são pequenos e médios produtores que têm na atividade uma “caderneta de poupança” e sua principal fonte de renda proveniente da comercialização de bezerros

Diante dessas preocupações dos diferentes segmentos da cadeia produtiva de pecuária de corte, foi deliberado ao Fórum Empresarial do Acre, instituição formada pelas principais federações do Acre – Fieac, Faeac e Fecomércio, a criação de grupo para reunir informações técnicas que possibilitem estudos, análise e tomadas de decisão.

Órgãos e instituições confirmadas como membros:

  • Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz);
  • Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri);
  • Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac);
  • Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac);
  • Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf);
  • Sindicato das Indústrias e Frigoríficos do Acre;
  • Sindicatos Rurais;
  • Cooperativa Agropecuária do Regional do Alto Acre (Cooperagro).

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