Entre janeiro e julho deste ano, o número de bovinos vivos que saíram do Acre para outros estados teve um crescimento de 85%, comparado ao mesmo período do ano passado. O dado foi apresentado pelo coordenador da Câmara Técnica de Agronegócio do Fórum Empresarial do Acre, Judson Valentim, durante a reunião do Grupo de Trabalho de Tributação da Pecuária de Corte nessa segunda-feira (11).
Além da comercialização de animais vivos para fora do estado, também foi discutida a atualização dos dados de abate de bovinos e as opções para aumentar a eficiência da cadeia produtiva.
O grupo foi criado com o objetivo de buscar formas de manter o equilíbrio entre a oferta da matéria prima que abastece a indústria local e a comercialização do excedente fora do estado.
Conforme o coordenador, nos primeiros sete meses do ano passado, foi feita a comercialização ou transferência de 112.806 cabeças de gado do Acre para outras regiões do país. Esse número subiu para 209.117. Os dados apresentados são do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf).

“Tivemos um crescimento bastante expressivo no crescimento na saída de animais vivos do estado, principalmente bezerros que estão sendo comercializados para outros estados. Contudo, não houve impacto no suprimento de matéria-prima de animais prontos para o abate, tanto de vacas, bois e novilhas, para atender a demandas dos frigoríficos”, destacou Judson Valentim.
Abate de animais
Ainda na apresentação, o coordenador mostrou o comparativo da evolução dos abates de bovinos no Acre janeiro a julho de 2024 e 2025. Conforme o levantamento, foi registrado um aumento de 11% entre os períodos.
- Total de abate em 2024: 342.225
- Total de abate em 2025: 379.885
“Abate de animais continua crescendo. Percebemos ainda que não teve ainda nenhum reflexo do aumento das tarifas dos Estados Unidos para produtos da cadeia pecuária de corte do Brasil”, frisou.
A pesquisa destaca ainda dados do comparativo da evolução da comercialização e transferência de bovinos vivos, classificando pela comercialização
com proprietário diferente e transferência do mesmo proprietário, além da variação no estoque declarado do rebanho por sexo e idade entre dezembro de 2024 e julho de 2025.