Por Pequenas Empresas & Grandes Negócios – 17/05/2018
Numa viagem aos Estados Unidos, a dentista paraense Alina Figueiredo, 57 anos, se encantou pelo cookie, um tipo de biscoito típico do país. Com a mãe de um amigo americano, conseguiu a receita original do produto. A paixão pelo biscoito virou negócio e em 2004 ela fundou, junto com o marido Ramiro Vidal, 56 anos, a Dom Cookie, uma empresa especializada na tradicional guloseima.
Mas os cookies de Alina não são como os americanos. Ela introduziu nas guloseimas um sabor da Amazônia: a castanha do Pará e um tipo local de calabresa. “Deixei o produto com um sabor brasileiro”, afirma a empreendedora.
Com o sucesso do cookie no estado do Pará, a empresa desenvolveu nos últimos anos novos produtos, entre eles geleias de pimenta e cremes de chocolate. Como o tradicional biscoito, todos eles ganharam “sabores da Amazônia”.
“Apesar de trabalhar como dentista, eu invisto parte das minhas horas de trabalho no desenvolvimento de novos produtos. Meu marido, que é engenheiro de alimentos, me auxilia nesse processo para chegar nas receitas perfeitas”, diz.
Da cozinha do casal, saíram geleias de açaí com morango, jambu com pimenta, tucupi com pimenta, cupuaçu com pimenta e bacuri; cremes de chocolate (parecidos com a Nutella) nos sabores cupuaçu com chocolate e açaí com chocolate. ”Chamo esses produtos de “amazontella” por usarem elementos da nossa selva amazônica”, diz Alina. Depois de prontos e aprovados, os produtos vão para a linha de produção, numa fábrica que o casal mantém na capital paraense.
Vendas
As geleias da Dom Cookie são vendidas em média por R$ 20; os cremes de chocolate custam por volta de R$ 25; e as massas para cookies (outra especialidade da empresa) giram em torno de R$ 15.
Segundo Alina, todo o mix da empresa é vendido via iFood. “Contudo, eu recebo pedidos via WhatsApp e redes sociais. E envio o produto para outros estados”, afirma.
A empreendedora falou que a meta da empresa é a exportação. No final do ano passado, ele esteve na Feira do Chocolate de Paris, onde apresentou os seus cremes feitos com ingredientes da região amazônica. “Foi um sucesso”, afirma. “No momento, negocio com uma empresa para mandar os produtos para a Europa”.