Observatório do Desenvolvimento

Boletim de Conjuntura Econômica do Acre

Boletim Econômico chega ao 5º número com dados da inflação de setembro e painel de indicadores socioeconômicos do Acre

Boletim Econômico traz informações sobre a inflação do mês de setembro

O Boletim de Conjuntura Econômica chega ao 5º número e traz dados da inflação do mês de setembro e também dos indicadores socioeconômicos do Acre. A partir desta quarta-feira, 1º, o Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre começa a publicar os capítulos do novo boletim. O trabalho é feito em parceria com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape), que montou um grupo de doutores em economia para elaborar as pesquisas.

Confira o boletim completo aqui. 

No primeiro capítulo do 5º boletim, os professores de economia abordaram a decomposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-Acre). A inflação acreana segue acima da inflação nacional. No acumulado de janeiro a setembro, a inflação do Acre foi de 3,34%, enquanto a nacional foi de 3,50%. Sobre o mês de setembro, o estudo mostra que os vilões do aumento da inflação local foram os grupos de roupas, calçados e acessórios, joias e bijuterias, recreação e fumo, e transportes.

Conforme o estudo, o grupo de transportes foi o que mais apresentou maior aumento de preço, seguido de saúde/cuidados pessoais e educação. Em nível nacional, os grupos educação e saúde/cuidados pessoas destacam-se como os vilões da inflação.

Os culpados pela expressiva inflação local são os aumentos dos preços da gasolina e do óleo diesel. A gasolina teve um aumento de 3,60%, enquanto o óleo diesel de 12,20%. Dado que o peso da gasolina é superior ao diesel, podemos afirmar que a culpa da inflação alta no Acre é da gasolina. O aumento do preço da gasolina respondeu isoladamente, por 21,02% do IPCA local, enquanto do diesel, 9,75%.

Outra informação detalhada pelos pesquisadores destacada no boletim é com relação ao preço da caipirinha, que continua cara para os acreanos. Em agosto e setembro, o limão teve um aumento de 66,20%. Os especialistas explicam esse aumento.

“A redução da oferta de limão em função de fatores climáticos, em conjunto com um leve aumento da demanda, ocasionou uma expansão considerável do preço do limão “taiti” no Brasil e no Acre. Contudo, como o limão “taiti” possui um peso irrisório na cesta de consumo, ele não pode ser considerado o vilão da inflação local”.

Núcleo e Índice de Difusão da Inflação (IDI) Acreana

As medidas de núcleo de inflação mostram um processo de leve pressão inflacionária local. A previsão realizada no boletim de inflação de setembro de
2023 se concretizou. Espera-se uma taxa de inflação entre 0,40% e 0,5% em outubro.

A Petrobras anunciou no dia 19 de outubro uma redução no preço médio da gasolina vendida às distribuidoras, em 4,1%, saindo de R$ 2,93 para R$ 2,81, e o valor do diesel vai subir em 6,6%, de R$ 3,80 para R$ 4,05. Como reduções de preço dos combustíveis não chegam integralmente ao IPCA, a expectativa é que a inflação local seja pouco atingida.

Ainda sobre aumento, tem-se em cenário não muito favorável para o estado acreano em função do aumento da energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propõe um aumento médio de 22,07%. Em termos de classe de consumidores, temos:

  • Consumidores residenciais: 20,55%;
  • Consumidores de baixa tensão: 20,86%;
  • Consumidores de alta tensão: 27,31%

 

 

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