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Fórum Empresarial do Acre reúne empresários para balanço de 2023 e expectativas do setor produtivo para 2024

Empresários se reuniram nesta sexta-feira, 8, durante café da manhã na FIEAC. Foto: Sérgio Vale

Empresários se reuniram nesta sexta-feira, 8, durante café da manhã na FIEAC. Foto: Sérgio ValeO Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre recebeu, na manhã desta sexta-feira (8), empresários de diversos setores produtivos para um café da manhã e um bate-papo sobre economia. O evento teve como objetivo ouvir os representantes dos setores sobre um balanço das atividades e ações de 2023 e as expectativas para o próximo ano.

No encontro, os professores e doutores da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape), instituição que tem parceria com o Fórum, aplicaram um questionário sobre os principais problemas enfrentados este ano, quais mudanças são necessárias para 2024 e o que os empresários projetam na economia acreana.

Os especialistas apresentaram ainda alguns resultados alcançados com os boletins econômicos. Participaram do evento representantes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez, da Universidade Federal do Acre (Ufac), do Banco da Amazônica, Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, Energisa, Acre Veículos, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Acre (Federacre), Associação Comercial do Acre (Acisa), do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado do Acre (Sinduscon), o sócio proprietário do Grupo AraSuper, empresário Adem Araújo, entre outros empresários.

A reunião foi mediada pelo presidente do Fórum e da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano. Também empresário do ramo da construção civil, José Adriano destacou que o evento teve como proposta também apresentar uma avaliação da economia do estado em 2023 e o que se projeta para o próximo. O empresário se disse otimista para as ações em 2024.

Presidente José Adriano demonstrou otimismo para o ano de 2024. Foto: Sérgio Vale

“Enquanto Fórum, que reúne as federações que estão de olho, justamente, na economia, estamos otimistas porque é o segundo ano do governo federal, que investe bastante na questão econômica, sobretudo, no setor habitacional e isso deve trazer para o Acre uma mudança radical em termos de empregabilidade dessa mão de obra mais desfavorecida da sociedade, que é na construção civil e infraestrutura. Isso tem nos deixado mais otimistas”, destacou.

O presidente do Fórum seguiu falando sobre ações e pautas importantes desenvolvidas em 2023 com destaque na economia nacional e local. Uma delas foi o trabalho desempenhado pela Bancada Federal e o texto da reforma tributária aprovada no Senado. “Estamos sim otimista de que 2024 será melhor que 2023. O Fórum está levantando os valores movimentados na economia local, já temos projeções de crescimento. A construção é um mercado a parte, do ponto de vista da empregabilidade e olhando para todos os setores, tivemos um crescimento, mas ainda distante da proposta que tínhamos em 2012 e 2013”, contou.

Representantes de redes de supermercados, atacadistas, de concessionária de veículos, do agronegócio, construção civil, entre outros, tiveram a oportunidade para falar sobre as dificuldades enfrentadas este ano e as projeções para o ano que vem.

O empresário e superintendente da Fecomércio, Egídio Garo, disse que o empresariado acreano é otimista, mesmo não tendo o resultado esperado em sua expectativa de vendas. Na avaliação geral do segmento, o superintendente afirmou que 2023 foi melhor que o ano passado, os grandes períodos de venda trouxeram resultados satisfatórios para o empresário e ao consumidor.

Ele explica que o setor de serviços foi o que mais cresceu no país e o Acre acompanhou esse crescimento.

“A perspectiva para o ano que vem é que seja um pouco melhor porque temos a reforma tributária vindo aí e essas questões todas vão interferir nos negócios, principalmente no setor de serviços, que é o setor que mais cresceu em todo país. Foi o setor que mais cresceu, consequentemente, foi o que mais contratou, apesar de que nosso histórico no Caged vem demonstrando – mesmo tendo um saldo positivo mensal – o número de empregados formalmente diminuiu esse ano. Isso é uma situação interessante de se observar”, destacou.

Empresários responderam um questionário aplicado pelos professores da Fundape. Foto: Sérgio Vale

Boletim econômico

Coordenador do grupo de especialistas da Fundape, contratados pelo Fórum para elaboração de boletins sobre a economia acreana, o economista Rubicleis Gomes, explicou que os pesquisadores, além de ouvirem e anotarem as observações dos empresários para 2024.

“A gente deseja fazer um diagnóstico de expectativas do que aconteceu na economia nacional e acreana em 2023 para entender o que tende a acontecer em 2024. Por que isso é interessante? Porque permite ao setor produtivo informações que tornem o investimento muito mais fácil. Se você tem investimento e informações, você consegue gerar emprego e renda”, contou.

O especialista disse também que o material coletado na reunião será usado como base em um boletim econômico. Os professores perguntaram aos empresários quais percepções eles tiveram sobre a economia acreana e de que forma seu setor foi afetado.

“Queremos captar juntamente essa sensação do empresariado. O boletim do Fórum apresenta um conjunto de estudo sobre a economia acreana. São estudos inovadores sobre a criminalidade, movimentação econômica, impactos da pandemia. Então, são estudos muito importantes para os setores. Ano que vem temos uma agenda muito vasta de trabalho, acho que o principal tema que teremos será o emprego, que ainda é o principal problema na economia”, concluiu.

 

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