O Grupo de Trabalho de Fruticultura se reuniu nesta sexta-feira, 22, para falar sobre o plano de ação de 2023, as ações de combate e controle da monilíase do cacaueiro, praga que afeta frutos como o cupuaçu e o cacau, e também apresentar os resultados do 1º Seminário Estadual da Cultura do Maracujá, realizado em junho pelo Fórum Empresarial do Acre e o Sebrae-AC. Essa foi a 4ª reunião do grupo no ano.
Estiveram presentes na reunião representantes do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), da Empresa de Assistência Técnica, Extrativista e Rural do Acre (Emater), do Sebrae Acre, Universidade Federal do Acre (Ufac), a superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alessandra, Ferraz, e da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre). O coordenador do Programa Estadual de Controle de Erradicação da Monilíase do Idaf, Altemar Pereira, apresentou o planejamento de ação e combate do fundo nas cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O coordenador do grupo de trabalho, Josicley Azevedo, explicou que um representante do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) apresentou as ações de combate e controle da doença nos municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. A praga foi identificada em Cruzeiro do Sul em junho de 2021.
O município, inclusive, foi o primeiro do país a ter casos confirmados da doença. Ainda em 2021, foram identificados focos da praga também em Mâncio Lima, cidade vizinha. Na época, equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vieram ao estado acreano acompanhar de perto a situação e colocar o Acre em quarentena.
Josicley Azevedo destacou que o Idaf assumiu o controle da doença, que antes era feito pelo Mapa, por meio de um termo de cooperação com o Governo Federal.
“Nesse controle é feito a poda para eliminar toda parte cultural da planta, porque dessa forma se consegue quebrar o ciclo do fungo. Esse fungo se propaga facilmente, seja no ar, no cabelo, na roupa, carro, ferramentas, então, é muito fácil essa propagação. O Idaf está com campanhas educativas, barreiras sanitárias nas estradas, principalmente na região de Cruzeiro do Sul”, explicou.
Uma das barreiras fixas na cidade de Cruzeiro do Sul fica no Rio Liberdade, que fica aproximadamente 100 quilômetros do município. No local, equipes do Idaf fazem uma checagem no veículos que estão saindo e entrando na cidade para conferir se há frutos, folhas ou materiais contaminados com a doença.
“Quando é constatado a presença, esses materiais são apreendidos e vão para eliminação. As prefeituras de Cruzeiro do Sul e de Mâncio Lima dão a destinação no aterro sanitário e o Idaf está diuturnamente acompanhando isso para evitar propagação”, ressaltou.
Com as campanhas, podas e controle na saída de frutos e materiais contaminados, o coordenado confirmou que não há relatos de novos focos da doenças nos municípios. “O Idaf aumentou o raio de atuação, começou com 100 metros, aumentou para 5 quilômetros de onde surgiu esse foco e segue aumentando a atuação. Hoje não se tem notícias de novos focos, temos o controle de produtos para não sair da região do Juruá para outras regiões”, concluiu.