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Presidente da Fecomércio defende linhas de crédito mais acessíveis e segurança nos centros comerciais como melhorias para o comércio acreano

Presidente da Fecomércio, Leandro Domingos, falou sobre os investimentos necessários para alavancar o setor do comércio
Presidente da Fecomércio, Leandro Domingos, falou sobre os investimentos necessários para alavancar o setor do comércio

O comércio varejista é impulsionado pelas atividades dos demais setores. Se a indústria e o agronegócio forem bem, o comércio fica aquecido. Mesmo com essas variáveis importantes, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), Leandro Domingos, destaca que o comércio precisa de mais estímulo em linhas de crédito acessíveis para fortalecer o capital de giro das empresas, os empresários e os centros comerciais necessitam de segurança contra criminosos e o Sistema S de proteção para que não haja perda de recursos.

Estas são as demandas prioritárias no setor comercial do Acre no ponto de vista do empresário. Convidado pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, Leandro Domingos participou das reuniões e encontros com os parlamentares da bancada federal do Acre entre os dias 17 e 19 de outubro.

A pedido da iniciativa, o presidente da Fecomércio listou as principais necessidades do setor apresentadas aos parlamentares. “O comércio do Acre precisa de um maior desenvolvimento da indústria acreana, notadamente da construção civil e do agronegócio. Estes são setores que fazem circular moeda no Estado, geram empregos e tributos. São geradores de riquezas e, com isso, o varejo se beneficia, proporcionando o desenvolvimento da economia e da sociedade como um todo. Temos consciência de que nosso setor não é capaz de irrigar por si só a economia acreana e ainda precisamos de investimento em infraestrutura para que a economia posso girar”, acrescenta.

O primeiro ponto abordado pelo empresário é o estímulo por meio de linhas de crédito mais acessíveis e taxas de juros menores para as empresas. Ele explica que os bancos têm recursos, mas as exigências são tantas que as empresas ficam impossibilitadas de acessá-los. Com taxas de juros exorbitantes, custo do dinheiro e do produto encarece.

“Precisamos também de voltar a discutir a elevada carga tributária que afeta sobremaneira os negócios porque se observa ao longo dos tempos que a empresa está abrindo mão da margem de ganhos para poder colocar seu produto no mercado. Já não sobra recursos para novos investimentos.

Outro ponto importante para os investimentos das empresas é a segurança pessoal e patrimonial. Leandro Domingos explique os centros comerciais sofrem permanentemente assédio de marginais, o que afasta os clientes. Para ele, é necessário mais policiamento ostensivo e punições mais severas para os crimes praticados contra o patrimônio.

Ele ressalta que a política de segurança pública precisa ser mais austera, efetiva e isso se faz com recursos financeiros, materiais e serviço de inteligência. “O empresário está investindo muito para segurança do patrimônio da empresa, de seus negócios e clientes. Recursos que são gastos com a segurança poderiam estar sendo investidos em estoque, propiciando melhores condições para seus clientes”, explicou.

Sistema S

Ainda nas reuniões com os parlamentares do Acre, o presidente da Fecomércio colocou em pauta a proteção do Sistema S.

O Sistema S é formado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria (Sesi) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), entidades que prestam relevantes serviços à população acreana, notadamente à população  mais carente.

No início de 2023, foi apresentado um projeto de lei que previa o desvio de 5% dos recursos das contribuições sociais destinadas pelas empresas do setor terciário ao Sesc e ao Senac para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Com isso, haveria a redução no orçamento e o encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras. Seriam fechadas, por exemplo, 36 unidades do Sesc, com corte de mais de 1,9 mil empregos.

O presidente do Sistema S no Acre criticou a tentativa de desvio dos recursos.

“É inadmissível se retirar recursos da educação, da saúde, do lazer, da cultura, da alimentação e da formação profissional do trabalhador para aplicar em propaganda do turismo. Os parlamentares do Acre se comprometerem a sempre defender o sistema e é isso que precisamos. Enfim, essas nossas instituições são primordiais, são instituições que alocam muitos recursos aqui no Acre, inclusive, recursos a fundo perdido que são transferidos de outras unidades da federação que têm um maior poder de arrecadação, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados maiores”, argumentou.

O empresário destacou o apoio dos parlamentares para garantir a proteção dos recursos às entidades. “A gente tem que preservá-las porque são captadoras de recursos para o desenvolvimento do nosso estado”, defendeu.

 

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